PENSÃO PINHEIROS


Hotel-Pensão Pinheiros, Quebra-Frascos, Teresópolis, em cartão-postal com data de 23 de agosto de 1948.

"Ao fundo as montanhas Beija-Flor, Sentis (Jacó), Pilatos e Tapera" (informação prestada por Victor Antônio Vieira em uma comentário sobre esta fotografia no grupo da rede social Facebook "Therezopolis" em 13 de novembro de 2018).

No mesmo grupo, naquele mesmo dia, o historiador Wanderley Peres anotou sobre o bairro Quebra-Frascos:

"A descrição geográfica do bairro Quebra-Frascos está muito bem feita no livro 'Therezopolis', 1938, de Armando Vieira, que conta também sobre a suposta origem do seu nome. 'Remonta a denominação de Quebra-Frascos aos tempos em que tudo aquilo era mato que, por sua beleza agreste, atraía os ingleses amigos de George March para ali realizarem seus 'pick-nics'. Naturalmente, o rio encachoeirado deu causa a que um dos convivas, ao pular pelas pedras roliças e escorregadias que lhe revestem o leito, quebrasse o frasco de que fosse portador, contendo o fino whisky que os bons ingleses não dispensam, principalmente em excursões no 'camping', tão do seu agrado'.

"Outros contestam o historiador que morou no bairro ainda criança, entre os anos 1880 e 1890, preferindo acreditar que os frascos quebrados seriam de remédios e não de bebida. 'Advém a denominação do fato de os doentes quebrarem seus frascos de remédios numa grande pedra ali existente, libertando-se deles, para passarem a se alimentar e respirar livremente, recuperando assim a saúde', diz Osiris Rahal no livro 'Ruas de Teresópolis', de 1983.

"Conforme o memorial descritivo, o bairro Quebra-Frascos começa na confluência da Estrada Francisco Smolka com a Rodovia Itaipava-Teresópolis, no local denominado de 'Ponte Preta'. Daí, seguindo a linha de cumeada em frente, linha esta que demarca o limite entre este bairro e o do Golfe, contornando lindos platôs, encostas verdejantes à direita do caminhamento, até cruzar com a Estrada das Pimenteiras em sua parte mais elevada, na garganta das montanhas; daí, prossegue através do imenso espigão das serras, que num longo contorno, abrange luxuriantes vales, majestosas encostas, esverdeantes vertentes à direita, até alcançar a lomba superior da Estrada Abelardo da Cunha, que faz a ligação das Iúcas com o Rancho Santo Antônio deste bairro, e, daí, prosseguindo, em idênticas condições, até atingir a Rodovia Itaipava-Teresópolis, próximo ao km 27; deste ponto, descendo a dita rodovia, em deflexão à direita, compreendendo as propriedades à direita do levantamento, até o ponto de origem.


'Composto de 28 logradouros, treze ruas: Abricó, Gardênia, Cássia, Crisântemo, Carvalho, Araucárias, Acácias, Girasol, Jasmin, Jequitibá, Lótus, Alkindar Soares e Olavo Egídio Aranha; 1 praça, da Democracia; e 14 estradas: Vitória Régia, Adidas, Urucanas, das Nossas Senhoras, Abelardo da Cunha, Francisco Smolka, Floresta, Ébano, João Daudt de Oliveira, Conde de Covillan, Rancho Santo Antonio, Jorge Kutowa, Cerejeira e Gama Filho, o bairro Quebra-Frascos é, ainda segundo Armando Vieira, em seu livro Therezopolis, 'um vale amplo com riacho encachoeirado e de água cristalina, que se despenca do alto da Serra dos Órgãos, das proximidades do Campo das Antas, de mais de 1.500 metros de altitude, e deságua no Imbuhy e este no Paquequer, um pouco antes da cascata do Imbuy'."

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